A filosofia ocupa um lugar primordial na vida humana, enquanto possibilita uma racionalidade para a história. Ainda que não tenha uma finalidade primeiramente prática, como se dirá adiante, a filosofia sempre esteve na gestação de mudanças e interferências decisiva na história da humanidade.
“E o que é filosofia? É a tentativa, penso, de enxergar um palmo diante do nariz – o que não é tão fácil nem tão inútil quanto muitos pensam. Afinal, o peixe é quem menos sabe da água.” [1]
“A filosofia é uma atividade humana indispensável, visto que a essência da coisa, a estrutura da realidade... não se manifesta direta e imediatamente. Nesse sentido, a filosofia pode ser caracterizada como um esforço sistemático e crítico, que visa a captar a coisa em si, a estrutura oculta da coisa a descobrir o modo de ser do existente.”[2]
“Esclarecimento (filosofia) é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é o culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servi-se de si mesmo sem a direção de outrem.”[3]
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[1] GOMES, R. Crítica da razão tupiniquim, 3ª Ed., Momento, URGS, Porto Alegre, 1979, p. 18.
[2] KOSIK, K. Dialética do concreto, 2ª ed., Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1976, PP. 13-14.
[3] KANT, I. “Resposta à pergunta: que é esclarecimento?”, em Textos seletos, Petrópolis, 1974, p. 100.
CHNS.